A Tecnologia da Informação (TI) pode ajudar as organizações a aumentar a eficiência dos processos e melhorar a produtividade. A seguir, veja como a implementação de sistemas especializados podem equipá-los com a inteligência necessária para permanecer globalmente competitivas. Acompanhe!
Inspeções na mineração: quais os objetivos?
As inspeções regulares na mineração são procedimentos sistemáticos e periódicos realizados para avaliar e monitorar diversos aspectos relacionados à segurança, conformidade com regulamentações, preservação ambiental e eficiência operacional.
Essas medidas buscam identificar eventuais problemas técnicos, a fim de propor o reparo ou acionar verificações mais minuciosas, focadas especificamente no problema identificado – quando necessário.
Para tornar o processo de inspeção mais ágil e seguro, o Ministério de Minas e Energia publicou a Portaria nº 70/2023, que orienta órgãos fiscalizadores a utilizarem inspeções acreditadas em empreendimentos minerais. A portaria permite a emissão de certificações por entidades acreditadas pelo Inmetro, o que aumenta também a confiabilidade técnica das informações usadas por autoridades para tomada de decisões.
Além da avaliação interna, o PL 2.707/2019 determina que inspeções previstas na Lei de Segurança de Barragens devem contar com auditorias externas para garantir a segurança.
Nesses casos, os resultados são comunicados aos órgãos reguladores, como a Agência Nacional de Mineração (ANM), por meio de relatórios detalhados. Essa prática contribui para a transparência, a supervisão regulatória e a melhoria contínua das práticas mineradoras.
As citadas inspeções regulares compõem-se de, no caso do ANM:
- a) Ficha de inspeção regular;
- b) Relatório de inspeção regular;
- c) Extrato de inspeção regular;
- d) Declaração de condição de estabilidade.
Tipos de inspeção
As inspeções na indústria de mineração podem abranger diversas áreas e aspectos específicos, dependendo do tipo de minério explorado, das operações envolvidas e dos requisitos regulatórios. Veja dois exemplos a seguir:
Inspeção por PIG (In Line Inspections)
A inspeção por PIG, também conhecida como In Line Inspections, é um método não intrusivo que utiliza “Pig” (Pipeline Inspection Gauge) para inspecionar a condição interna de dutos e tubulações.
Esses dispositivos percorrem o interior das tubulações, realizando medições e coletando dados, identificando potenciais problemas como corrosão, vazamentos ou irregularidades. Esse tipo de inspeção conta com vantagens como:
- Detecção de anomalias em toda extensão do duto com apenas uma inspeção;
- Pode fornecer informações adicionais sobre a operação do duto;
- Alta qualidade e confiabilidade dos dados;
- Dados servem como base para estudos de comportamento e vida útil da tubulação;
- Não necessita de pequenos intervalos entre inspeções.
Inspeção de Segurança Regular (ISR)
A Inspeção de Segurança Regular tem o objetivo de avaliar as condições de segurança de uma barragem. A inspeção é feita em campo por uma equipe técnica que analisa os aspectos operacionais e de manutenção da barragem, além de fazer o monitoramento de possíveis anomalias que podem afetar a integridade física e a eficiência.
O resultado da avaliação deve ser consolidado no Relatório de Segurança Regular e enviado aos órgãos fiscalizadores. Nesse caso, além da conformidade com a legislação, as vantagens observadas são:
- Oferece análise precisa das condições estruturais;
- Permite identificar anomalias e determinar ações de reparo.
Etapas da inspeção na mineração
Existem três etapas e algumas atividades comuns em qualquer tipo de inspeção na mineração. Entenda cada uma delas:
Pré-inspeção
O objetivo da pré-inspeção é planejar e preparar as atividades, estabelecendo metas e requisitos específicos. Nesse caso, é necessário definir as ações da inspeção, como a verificação de segurança, conformidade com regulamentações e monitoramento ambiental.
Além disso, é o momento para organizar recursos necessários, incluindo equipe, equipamentos, documentação e acesso às áreas a serem inspecionadas. Em resumo, as etapas da pré-inspeção, são:
Definição das pontes por equipe e confirmação da viagem;
- Levantamento dos documentos iniciais das OAE’s;
- Preenchimento da Ficha Cadastral no escritório;
- Recebimento e conferência dos equipamentos;
- Definição das atribuições internas das equipes.
Inspeção
Em seguida, é hora de conduzir a inspeção de acordo com os objetivos estabelecidos, coletando dados e identificando potenciais problemas. Assim, são feitas análises visuais das instalações, equipamentos e áreas mineradas para identificar condições anormais ou não conformidades.
Também pode ser realizado o monitoramento ambiental, ou seja, verificar o cumprimento de práticas de gestão ambiental, como emissões, controle de resíduos e preservação de recursos naturais. As principais ações dessa etapa são:
- Preenchimento da Ficha Cadastral;
- Desenho de croquis;
- Fotografias para o cadastro da OAE;
- Cadastro nas manifestações patológicas;
- Execução dos ensaios de durabilidade;
- Retirada de amostras.
Pós-inspeção
Por fim, é preciso analisar e utilizar os dados coletados durante a inspeção para implementar ações corretivas e melhorar a gestão operacional. Para isso, é necessário processar e analisar os dados coletados durante a inspeção para identificar tendências, padrões e áreas que exigem atenção especial.
As atividades realizadas envolvem:
- Devolução dos equipamentos;
- Relatório de inspeção e banco de dados;
- Transferência de croquis para o CAD;
- Cálculo do índice de performance.
Como um sistema de automação otimiza o processo de inspeção na mineração?
Como vimos, as inspeções na mineração envolvem diversas complexidades. Desse modo, um sistema de automação de fluxos desempenha um papel fundamental na modernização e aprimoramento do processo, promovendo eficiência operacional, segurança e sustentabilidade das atividades mineradoras.
Na prática, um sistema de automação de fluxos especializado nos processos do setor de mineração centraliza os dados, transforma esses dados em informação e repassa cada informação ao setor responsável por executar a tarefa.
Conheça os principais ganhos em investir em sistemas de automação de fluxos e processos:
Automação e integração de dados
A automatização e integração de dados é um importante facilitador em qualquer gestão. Isso porque, quanto mais tempo as empresas de mineração demoram para integrar e agregar manualmente a informação, menos valor ela tem.
Olhar para os dados históricos é primordial, mas porque não olhar para a situação atual enquanto ainda há uma oportunidade de influenciar os resultados? Para não mencionar que existe uma elevada probabilidade de erro nos processos quando feito manualmente.
Assim, a automatização da integração de dados tem se tornado cada vez mais essencial na elaboração de documentos e relatórios de inspeção. Para isso, é preciso envolver primeiro a centralização e automatização dos seus relatórios diários, semanais e mensais.
Acessibilidade de informações
Um dos principais desafios no setor de mineração é o uso de diferentes bases de dados. Nesse caso, a utilização de um sistema contribui para integrar as informações em todos os departamentos.
Ou seja, o conjunto de informações envolvidos nos processos, a experiência do usuário para a elaboração de relatórios, análise e conformidade devem seguir o padrão estabelecido pelas agências reguladoras, podendo estar reunidos num mesmo ponto de acesso.
Otimização do fluxo de trabalho
As organizações de mineração estão percebendo os benefícios da automação de fluxos e processos em termos de melhoria da produtividade, maior eficiência e maior segurança. Isto traduz-se numa maior confiança na tecnologia, por meio da gestão das operações em diversos locais a partir das informações centralizadas.
Para que o fluxo de trabalho seja eficaz, é crucial assegurar que um sistema orquestra todas as atividades, em seu tempo, em todas as áreas. O sistema escolhido deve fornecer alertas automáticos que podem iniciar processos com ações corretivas.
O sistema deve conectar os setores. Um plano de integração eficiente garantirá a coerência das informações, proporcionando uma interface comum e interativa entre os usuários.
Isto permite a implementação de regras e políticas empresariais dentro de um processo de negócio, minimizando ruídos de informações, e redundância de atividades. Vários aspectos do ciclo de vida de grandes empreendimentos (planejamento, implantação e operação) estão envolvidos, veja a seguir uma lista deles:
- Investidores;
- Agentes reguladores;
- Agentes ambientais e fiscalizadores;
- Sociedade;
- Legislação;
- Concorrência.
Estes aspectos reunidos exigem o uso de diversas soluções de software, vários fornecedores e tecnologias muitas vezes não integradas, onerosas e de alto custo. Portanto, a integração pode ser um grande benefício para as organizações.
Quer continuar se informando sobre o assunto? Confira os conteúdos do blog e descubra como melhorar os processos na mineração.